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Saúde

Números da Sociedade Brasileira de Cefaleia apontam que 140 milhões de pessoas sofrem com dor de cabeça no país

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A atriz Claudia Raia e a influenciadora digital Virgínia Fonseca - Foto divulgação

Os tipos mais comuns são a cefaleia tensional e a enxaqueca 

Famosas como a atriz Claudia Raia e a influenciadora digital Virgínia Fonseca já declararam publicamente que sofrem com algum tipo de cefaleia. Segundo o Ministério da Saúde, esse é um termo técnico utilizado para dor em qualquer parte da cabeça, sendo uma das sete doenças mais incapacitantes e o quarto motivo mais frequente de consultas em unidades de urgência em todo o mundo. As cefaleias podem ser primárias, aquelas que possuem predisposição genética, sendo consideradas doenças, como a enxaqueca; e podem ser secundárias quando são sintomas de outras doenças, como meningite e pressão alta, ou surgem por efeito adverso de medicamentos.

O médico Leandro Miranda (CRM-SP 209.780) explica que o diagnóstico é feito a partir de uma análise clínica. Pergunta-se ao paciente qual é o lado mais afetado, o momento que mais dói, os remédios que melhoram e pioram, se essa dor de cabeça vem acompanhada com outros sintomas, como dor na nuca, náusea, tremores e visão embaçada. “O que pode desencadear as crises vai depender do tipo de cefaleia. Se for tensional, por exemplo, pode até piorar um pouquinho com atividades físicas. Se for enxaqueca pode ser desencadeada por chocolates, melancia, estresse e, principalmente, falta de sono”, aponta.

O perigo dos analgésicos em excesso

O médico comenta que existe uma entidade diagnóstica chamada cefaleia por abuso medicamentoso. Ele diz que se a pessoa precisa da medicação, mas abusa ao tomá-la diversas vezes, gera efeito rebote, podendo desencadear um novo tipo de enxaqueca ou dor de cabeça.

Leandro pontua que muitos pacientes podem ter mais de um tipo de dor de cabeça associada, sendo o uso abusivo de medicamentos uma das razões desse problema. O especialista reforça que eles podem piorar ao invés de melhorar os sintomas de dor. “O analgésico se faz necessário, no entanto, precisa ser muito bem indicado e dosado”, salienta.

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Alimentação e atividade física para a dor de cabeça

O médico afirma que a atividade física promove a vasodilatação, liberação de endorfinas e serotonina. Todas essas substâncias vão propiciar ao paciente diminuir a crise e até conseguir reduzir a dose de remédios. Leandro conta que é fundamental para o paciente com enxaqueca, a musculação e o treino de força.

Dr. Leandro Miranda - Foto divulgação

Dr. Leandro Miranda – Foto divulgação

O especialista chama a atenção que é primordial o paciente entender qual é o alimento que desencadeia e melhora a crise. Ele cita que é importante ter uma alimentação balanceada, saudável, baixa em alimentos que estimulam a inflamação corporal e rica naqueles que aumentam a recuperação muscular. Os antioxidantes, frutas e vegetais também promovem a melhora dos quadros de dor de cabeça. “Há diversos pacientes que mudaram a alimentação e notaram melhora nas dores de cabeça. A alimentação é um dos pilares para a gente conseguir chegar no desmame de medicações e em doses saudáveis de remédios”, ressalta.

Ajuda médica

De acordo com Leandro, a ajuda médica é indicada quando o paciente está com a dor há mais de três meses, perde o sono, a dor não passa com nenhum tipo de remédio ou precisa tomar muitos remédios. Contudo, se ele também perde peso e está com esses outros sintomas associados a vômitos, náuseas, é recomendado procurar ajuda profissional imediata. “Em casos de dor de cabeça, quanto mais tempo o paciente demora a buscar ajuda, mais tempo ele é sensibilizado e mais tempo ele vai sofrer com aquele quadro”, finaliza.

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