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Saiba como evitar o efeito “homem-orquestra” e desenvolver uma mentalidade de líder

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A construção de equipes sólidas requer um entendimento profundo das forças individuais de cada membro

O gestor empresarial Mateus Machry comenta que a mentalidade de liderança é a capacidade de enxergar a empresa como um organismo vivo, onde cada setor, processo e pessoa está interconectado. Um líder com essa mentalidade entende que as suas decisões impactam não apenas no resultado, mas também no desempenho individual e coletivo da equipe, na saúde organizacional e no futuro do negócio. Essa mentalidade é fundamentada para equilibrar o planejamento estratégico com a execução prática, a visão em longo prazo com as demandas do presente e o cuidado com as pessoas na busca por resultados.

De acordo com Machry, autoconhecimento e autenticidade são pilares fundamentais para uma mentalidade de liderança, pois o líder é o centro regulador desse sistema. Se ele não conhece suas próprias forças, limitações, crenças e comportamentos, o equilíbrio do sistema inteiro pode ser comprometido. “O autoconhecimento permite ao líder identificar como a sua energia e decisões afetam o ambiente ao seu redor, enquanto a autenticidade cria um modelo de referência para a equipe”, aponta.

Mateus pondera que quando o líder é autêntico, ele gera confiança, permitindo que cada membro do time também seja verdadeiro consigo. Isso fortalece a comunicação e, acima de tudo, cria uma cultura em que cada pessoa possa contribuir plenamente, alinhando seus objetivos do sistema maior.

Construção de equipes sólidas

Para o gestor empresarial, entender as forças individuais de cada membro permite ao líder alocá-los nas funções certas, criando o equilíbrio de sinergia na equipe. Entretanto, Machry conta que, em diversas empresas atendidas por ele, há pessoas certas nos lugares errados, e pequenos ajustes são feitos alocando esses indivíduos corretamente para que desempenhem o seu potencial máximo.

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Mateus Machry - Foto divulgação

Mateus Machry – Foto divulgação

Mateus diz também que o líder não apenas reconhece habilidades técnicas, mas considera aspectos emocionais e comportamentais, ajustando funções e responsabilidades para maximizar o desempenho. Esse entendimento profundo ajuda a evitar a sobrecarga e desmotivação, e promove um ambiente onde cada pessoa se sente valorizada e alinhada aos objetivos da organização. “Uma equipe sólida reflete um sistema bem-estruturado. Cada peça opera no seu potencial máximo sem causar desequilíbrio”, pontua.

Habilidades interpessoais que um bom líder deve ter

Machry esclarece que, na parte da empatia estratégica, mais do que entender as emoções individuais, o líder precisa compreender como elas influenciam o sistema e direcioná-las para onde são necessárias. Todavia, na resolução de conflitos com o ajuste do sistema, o líder deve tratar os problemas como oportunidade para fortalecer a coesão da equipe.

Já na capacidade de inspirar o crescimento, como cita Mateus, o líder sistêmico entende que o sistema prospera e cada pessoa precisa evoluir. Isso inclui motivar e capacitar a equipe continuamente. Essas habilidades garantem que as interações humanas no sistema sejam construtivas, fortalecendo a sinergia e a produtividade de toda a equipe.

Mentalidade de liderança

O gestor empresarial reforça que, na visão sistêmica, o aprendizado contínuo é o motor de atualização do sistema. O ambiente externo está em constante mudança, e o líder precisa ajustar as regras internas para manter o sistema competitivo e eficiente. Isso engloba aprendizado, não apenas com cursos ou teorias, mas com a própria equipe. “Um líder que não evolui coloca o sistema inteiro em risco de estagnação. Por outro lado, um líder que está em constante aprendizado inspira a sua equipe e promove uma cultura de inovação e melhoria contínua em todos os níveis”, ressalta.

Homem-orquestra

Segundo Machry, o “homem-orquestra” é um princípio central na gestão sistêmica e busca-se evitá-lo. No entanto, se existir qualquer sinal que ele esteja sendo formado na empresa, é preciso entrar com ações estratégicas, pois o líder que tenta fazer tudo sozinho desorganiza o sistema, criando empecilhos e limitando o crescimento da equipe.

O líder precisa delegar com clareza e confiança, já que cada membro do sistema tem um papel específico. Com isso, ele garante que as tarefas fluam por diferentes pontos do sistema, otimizando os processos e aliviando sua própria carga. Machry salienta ser necessário desenvolver processos eficientes porque a automação e a padronização de tarefas são essenciais para garantir que o sistema funcione de forma independente sem depender exclusivamente do líder.

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Outro ponto primordial é o investimento na capacitação da equipe. O gestor empresarial explica que o sistema só é forte quando todos os componentes são eficientes. Portanto, capacitar a equipe é garantir que cada peça do sistema funcione em alto nível com autonomia e responsabilidade.

O planejamento estratégico deve ser priorizado, e o líder não deve tentar resolver tudo ao mesmo tempo. Ele programa as ações de forma sistêmica, priorizando as que terão maior impacto no equilíbrio, no tempo e no desempenho geral da equipe. Machry argumenta que o líder deve sempre focar na visão em longo prazo e não apenas no operacional. É preciso manter a visão estratégica como guia, ajustando o sistema conforme necessário para atingir os objetivos. “Na gestão sistêmica, o líder é o maestro que organiza e potencializa as diferentes partes do sistema, mas não toca nos instrumentos. Sua função é garantir que os elementos trabalhem em harmonia, sem trazer essa sobrecarga a si ou desequilibrar o sistema na totalidade”, finaliza.

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