NOSSAS REDES SOCIAS

Saúde

Entenda a medicina ortomolecular

Publicado

em

Giovanna Antonelli e Letícia Spiller - Foto divulgação

Especialista diz que a terapia serve para qualquer pessoa. Pode-se usar suplementos para crianças, adolescentes, adultos, idosos, homens e mulheres. O indivíduo terá benefícios com uma suplementação adequada, com essa correção bioquímica ao nível molecular

Personalidades famosas como as atrizes Giovanna Antonelli e Letícia Spiller já utilizaram a medicina ortomolecular em algum momento da vida. A médica Tassiana Rodrigues, especialista no assunto, conta que nesta área da ciência, busca-se corrigir os problemas ao nível celular e bioquímico, fornecendo nutrientes que vão funcionar dentro do metabolismo celular e corrigir a função da célula. Antes de um órgão adoecer, as células começam a perder funções, principalmente por conta de erros na bioquímica, então ao devolvermos os nutrientes, recuperamos a função celular, resolvendo a doença desse órgão.

Descobriu-se também o papel dos radicais livres no processo de adoecimento e, hoje, conseguiu-se através desta ciência atuar em vários níveis moleculares para manter a célula saudável. “Por meio da medicina ortomolecular, conseguimos, por exemplo, eliminar de forma mais rápida o excesso de radicais livres, que é patológico e causa muitas doenças. Conseguimos fornecer nutrientes para a célula, aumentar a produção de neurotransmissores e fornecer nutrientes para células do sistema imunológico para que a imunidade da pessoa aumente”, pontua.

Relação da medicina ortomolecular com a saúde e benefícios

A médica destaca que a medicina ortomolecular tem uma visão preventiva, pois, às vezes, não é preciso esperar uma doença aparecer. Por meio de uma avaliação bioquímica dos exames laboratoriais do paciente, consegue-se visualizar um potencial para a instalação de uma doença. Se esse paciente não mudar a alimentação e estilo de vida, alguma doença vai aparecer.

Dra. Tassi ressalta que a saúde é uma construção diária baseada naquilo que comemos, ouvimos, na atividade física que fazemos e na qualidade do sono. “Os recursos da medicina ortomolecular trabalham para a construção de uma saúde melhor. Ela é uma ciência magnífica também para a correção de doenças já instaladas. Mas, muitas vezes, podemos ter uma ação preventiva e não precisamos esperar a doença aparecer para fazer as intervenções ao nível molecular”, aponta.

Advertisement

O principal benefício da medicina ortomolecular, como revela a especialista, é conseguir entregar ao paciente um tratamento que vai prevenir problemas futuros, porque é feita a correção ao nível celular e molecular, diferente dos tratamentos convencionais que não entregam esse resultado para o paciente. A médica argumenta que quando o paciente tem doenças instaladas, consegue-se entregar recursos para a recuperação da célula e estabelecer a homeostase — estado de equilíbrio dessa célula com o meio ambiente em que ela vive, ou seja, os órgãos do corpo, o sangue, o corpo do paciente.

Método de atendimento da médica

De acordo com Tassiana, o seu método de atendimento começa com um questionário e durante a consulta ela faz perguntas ainda mais profundas. “O paciente vai preencher sobre o seu estilo de vida, que horas dorme e acorda, se acorda cansado ou não. O paciente também vai responder sobre as atividades físicas que ele faz, se usa cigarro, bebida alcoólica ou outras drogas. Depois vem a avaliação dos exames bioquímicos. Eu preciso correlacionar os resultados ao que encontrei do quadro clínico. Após isso, montamos o tratamento deste paciente”, comenta.

Conforme a médica, o tratamento é iniciado pelo intestino e segue com os suplementos da ortomolecular, que têm diversas funções, como remoção de radicais livres, detox do fígado, emagrecimento, nutrientes para aumentar a produção de neurotransmissores, o que facilita o desmame de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos, dentre outros.

Na terceira parte da prescrição da especialista, ela inclui os hormônios. “Eu trabalho com hormônios bioidênticos e muitos desses hormônios começam a cair no processo de envelhecimento. Esses hormônios vão direcionar os nutrientes que fornecemos na suplementação para os locais onde eles precisam estar”, salienta.

Dra. Tassiana Rodrigues - Foto divulgação

Dra. Tassiana Rodrigues – Foto divulgação

A médica elucida a questão com o exemplo do cálcio nos ossos. Ela esclarece que, normalmente, a pessoa que tem osteoporose não está com deficiência de cálcio. Está com deficiência de cálcio no osso. Os exames laboratoriais são feitos, e o cálcio da pessoa está normal, mas esse cálcio não está indo para o osso porque quem leva esse cálcio para o osso são dois hormônios: a progesterona, na mulher, e a testosterona, no homem.

O quarto pilar do atendimento é a parte mental e emocional. No entanto, Tassiana explica que não está relacionado diretamente à ortomolecular. “Sempre incluo na minha avaliação clínica também, mas o paciente não vai receber uma prescrição em relação a isso. É mais um bate-papo para vermos o quanto as emoções dele estão interferindo no seu adoecimento ou no processo de cura”, enfatiza.

Advertisement

Tratamento descontinuado

A médica reforça que na medicina ortomolecular os nutrientes são suplementados para melhorar o metabolismo das células. Uma vez que os níveis desses nutrientes foram alcançados, não é necessário suplementar para o resto da vida. “Na maior parte dos pacientes não há essa necessidade. Isso do ponto de vista da ortomolecular. É óbvio que depende do paciente corrigir o seu estilo de vida e o que está provocando o adoecimento dele. Em relação à continuidade do tratamento, isso é muito individual”, lembra.

Tassiana cita que os hormônios também contribuem para essa ação molecular que acontece dentro das células. “Quando se fala em hormônios, muitas vezes eles precisam ser usados. Por exemplo, uma pessoa tem um quadro autoimune e agride a glândula tireoide, a Tireoidite de Hashimoto. Os anticorpos vão agredi-la e ela vai perder a função.

Então, às vezes, precisamos suplementar esses hormônios porque a glândula parou de produzir e não vai voltar. Nesses casos, o tratamento precisa ser feito de forma contínua. Mas é muito individual, não dá para padronizar. Essa é uma das grandes diferenças da medicina ortomolecular: entregar tratamentos individualizados para os nossos pacientes”, finaliza.

Continue lendo
Advertisement

MAIS LIDAS