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Saúde

Dados do Atlas Mundial da Obesidade mostram que a doença deve apresentar um crescimento acima do comum nos próximos anos

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O cantor Péricles e a atriz Fabiana Karla - Foto divulgação

No país, a estimativa é que até 2035, 41% da população adulta conviva com a doença

Famosos como o cantor Péricles e a atriz Fabiana Karla lutam contra a obesidade. Eles tratam o problema com orientação profissional e optaram por não fazer tratamentos invasivos, como a cirurgia bariátrica. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2016, quase 2 bilhões de pessoas no mundo possuíam excesso de peso. A projeção é que no ano que vem o número salte para 2,3 bilhões de pessoas portadoras de sobrepeso, contudo, cerca de 700 milhões já apresentam obesidade. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que 60% da população possui sobrepeso e 26% já pode ser considerada obesa. “Os dados mostram que este número só aumenta, não só entre adultos, mas a obesidade infantil está cada vez mais expressiva”, comenta Andreia Argente, biomédica e nutricionista.

Para a especialista, as principais causas da obesidade estão nas condutas nutricionais inadequadas, já que não se pode deixar de ampliar ainda mais essa visão sem entender que os indivíduos estão cada vez mais afastados de movimentos físicos e corporais em função das facilidades tecnológicas. “Isso faz com que o corpo não se exercite de forma natural bem como a fome de gente se estenda e se some as demais fomes. As pessoas pedem um Ifood e todo lazer tem sempre a ver com comida”, aponta.

Dra. Andreia Argente - Foto divulgação

Dra. Andreia Argente – Foto divulgação

Andreia conta que muita gente tem dificuldade para perder peso porque a maioria acredita que é só “fechar a boca” e praticar exercícios físicos. “Isso não funciona. É uma armadilha”, pontua. A nutricionista também destaca que para muitos não existe a possibilidade da atividade física. “As pessoas no passado caminhavam mais. Agora não é uma opção. Virou coisa de gente rica ou atleta”, acredita.

Bariátrica
A biomédica e nutricionista Andreia salienta que este tipo de cirurgia vai precisar de acompanhamento para sempre. “Não é a pílula mágica. A bariátrica é o extremo do tratamento da fome do corpo, mas não quer dizer que não tenha que tratar as outras fomes”, esclarece.

Alimentos
Quando perguntada se ultraprocessados, comidas muito calóricas, comer gordura e carboidrato em excesso são os grandes vilões da obesidade, Andreia responde negativamente. “O motivo pelo qual se come sempre vai ser mais relevante do que se come. Muita gente fica querendo saber qual é dieta, mas poucos procuram entender o que as fizeram chegar até ali”, pontua.

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Tratamento
Andreia explica que uma pessoa é considerada obesa conforme o Índice de Massa Corpórea (IMC) e o valor for superior a 33. No entanto, ela lembra que se a pessoa tem uma mente obesa e ainda não chegou neste IMC, o corpo é a parte visível da mente. “Se essa pessoa não começar a entender e tratar as três fomes é uma questão de tempo para a obesidade sair da mente e aparecer no corpo”, orienta.

A biomédica reforça que para tratar a obesidade é fundamental compreender as três fomes (gente, alma e corpo) e entender a história de vida do indivíduo. A partir disso, é feito um acompanhamento diário, com início, meio e fim.

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