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Corte de despesas: especialista diz que é uma estratégia importante na gestão da empresa, no entanto, não deve ser a única

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O foco desse processo deve estar entre otimizar toda a operação da empresa, buscar o equilíbrio entre a redução de custos e o aumento da eficiência, sem sacrificar o valor que a empresa entrega

O gestor empresarial Mateus Machry comenta que a maioria dos empresários, ao cortar despesas, sacrifica o valor da empresa e isso deve ser feito de modo estratégico, por comprometer setores essenciais, como da inovação, vendas, qualidade de produtos, entre outros. Em longo prazo, como aponta Machry, isso pode prejudicar o desempenho financeiro — a empresa funciona como se fosse um ciclo, e na gestão sistêmica cada setor é interdependente, e os impactos de uma decisão em um departamento reverberam nos outros, afetando o desempenho global —. Portanto, o empresário precisa envolver uma análise aprofundada de todos os processos e custos. “Deve-se identificar despesas que não agregam valor direto ao cliente, ao resultado e eliminá-los. Mas, ao mesmo tempo, ele também deve investir na otimização dos processos para aumentar a produtividade, utilizando melhor os recursos que já existem na operação”, conta.

Um ponto crucial levantado pelo gestor empresarial é o investimento em inovação nos setores que geram receitas para a empresa. Ele explica que uma empresa saudável não só corta os custos, mas também encontra formas de aumentar as suas receitas. Isso pode envolver desde a melhoria no atendimento ao cliente até o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Ao buscar essa visão mais integrada, a empresa consegue reduzir os gastos de maneira inteligente, mas, ao mesmo tempo, cria uma oportunidade de crescimento. “O objetivo é buscar a eficiência operacional que se reflete melhor controle de despesas, mas também em maior geração de receitas, proporcionando um crescimento saudável e sustentável em longo prazo”, pontua.

O desafio de manter as finanças em dia

Segundo Machry, na gestão sistêmica (possui uma visão mais ampliada), a empresa é vista como uma rede de processos interconectados. A decisão financeira afeta diversos setores, desde a variação de custos operacionais, à sazonalidade de venda, mudanças da regulamentação, tributação e cada fator pode impactar o equilíbrio financeiro da empresa, que precisa lidar com os ciclos econômicos e comportamentos do consumidor que mudam constantemente.

A gestão financeira eficaz exige que o empresário esteja preparado para os imprevistos, como as oscilações do mercado, crises externas ou até desafios internos, como a falta de eficiência em determinado setor. O gestor empresarial reforça que o controle financeiro precisa ser sistêmico e contínuo, não só acompanhando os números, mas também prevendo cenários e ajustando as operações de acordo com as demandas e desafios que surgirem.

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Mateus Machry - Foto divulgação

Mateus Machry – Foto divulgação

Outro tópico essencial é a cultura da empresa. Para Machry, muitas vezes o desafio está no conhecimento financeiro ou na má gestão dos recursos. “Ensinar os líderes e os colaboradores sobre a importância de manter as finanças organizadas também é a parte do trabalho da gestão sistêmica. Todos os envolvidos no processo precisam entender que as suas ações impactam na empresa”, afirma.

Dicas práticas para manter as finanças em dia

Implementação no sistema de gestão financeira integrado: precisa utilizar um sistema ERP (Enterprise Researching Plane). Esse sistema centraliza as informações financeiras e operacionais da empresa, facilitando que o empresário visualize todos os fluxos de caixas, custos, margem de lucro e tudo em tempo real. Esse sistema permite ao empresário ter uma gestão pró-ativa.

Plano financeiro: a empresa precisa criar um plano financeiro, que seja revisado trimestralmente. Dessa forma, a empresa pode se adaptar rapidamente às mudanças do mercado sem surpresas no fechamento do ciclo.

Reserva de emergência empresarial: uma empresa deve sempre ter um fundo de emergência para lidar com os imprevistos. Essa reserva deve ser suficiente para manter as operações por pelo menos seis meses em caso de quedas bruscas nas receitas.

Monitoramento dos indicadores financeiros: a empresa precisa usar os indicadores- chave de desempenho financeiro. É fundamental para medir a saúde da empresa, margem de lucro, endividamento e retorno sobre o investimento. Esses indicadores permitem uma análise sistêmica dos resultados, facilitando a identificação das áreas que precisam de ajustes.

Capacitação financeira da equipe: todos os setores da empresa devem entender o impacto das suas decisões nas finanças. Eles precisam ter clareza sobre o certo ou errado, e como isso impacta diretamente nas finanças. Pode ser feito por meio de treinamentos financeiros, para mostrar como a boa gestão de recursos e processos reflete diretamente no caixa da empresa.

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