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Saúde

Câncer de pele é o tipo mais comum no país

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Ana Maria Braga e a cantora Kelly Key - Foto divulgação

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente, são registrados cerca de 185 mil casos da doença

A apresentadora Ana Maria Braga e a cantora Kelly Key são personalidades famosas que enfrentaram e venceram a luta contra o câncer de pele. Esse tipo de tumor maligno representa 33% dos cânceres diagnosticados no Brasil. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) chama atenção para o melanoma, que apesar de representar somente 3% dos casos, é bastante agressivo.

De acordo com a cirurgiã oncológica Patrícia Câmara, os carcinomas são os principais cânceres de pele não melanoma. Apesar de uma incidência muito alta, eles têm baixo risco de metástase, de disseminação e, portanto, óbito por tumor. Ela explica que os carcinomas crescem de forma lenta, geralmente, milímetros por ano. Podem se apresentar como lesões avermelhadas que coçam ou que criam casquinha que descama e volta. As lesões formadas também podem parecer com verruga ou espinha, que vão crescendo, podendo ou não coçar e sangrar. “Mas se você deixa por anos, elas vão destruindo as estruturas. Começa na pele. Vai para a gordura. Daqui a pouco, pega alguma estrutura, um músculo. Às vezes, por exemplo, no rosto, começa a invadir osso”, conta.

A oncologista comenta que a queimadura solar, a exposição por tempo prolongado à radiação ultravioleta (UV) é o que mais machuca a pele. No entanto, ela ressalta que quando a pessoa toma sol antes das dez da manhã ou depois das 17 horas, por 15, 20 minutos, não é fator de risco, como o machucado, a queimadura. “Quem se expõe ao sol a ponto de sentir ardência, incômodo, ficar vermelho, já sofreu queimadura solar. O acúmulo de muitas queimaduras leves ou algumas mais graves é fator de risco para câncer de pele”, alerta.

Patrícia reforça que o filtro solar (dê preferência os que possuem fator acima de 30, ou 50 para peles mais claras) deve ser utilizado duas vezes ao dia ou ser reaplicado a cada duas horas se você estiver exposto ao sol, seja na praia, piscina ou atividade física, além do uso de boné, chapéu e óculos escuros com fator de proteção.

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Dra. Patrícia Camara - Foto divulgação 

Dra. Patrícia Camara – Foto divulgação 

 A médica cita também que algumas pessoas nascem com uma mancha (pinta) preta grande em alguma parte do corpo, chamada de nevo melanocítico congênito grande/gigante. Ela esclarece que nevo é uma lesão de pele; melanocítico quer dizer escuro e congênito porque a pessoa nasceu com ele. Câmara aponta que apesar de benignos, o risco de malignização durante a vida é de 5 a 10%. Quando a criança nasce com a pinta muito grande, a indicação é tentar retirar ou fazer o acompanhamento.

Pintas

Conforme Patrícia, as pintas de melanoma são muito agressivas, crescem rapidamente e se espalham cedo. Ela diz que foi criado um sistema chamado ABCDE (veja a imagem abaixo) para a população identificar se a sua pinta tem risco de melanoma.

Imagem - Crédito: Instituto Melanoma Brasil

Crédito: Instituto Melanoma Brasil

Prevenção

A oncologista recomenda que se houver casos na família, principalmente de melanoma, o indivíduo deve cuidar mais e começar o acompanhamento com o especialista de maneira precoce. Patrícia revela que o risco de melanoma aumenta com a idade, mas não é raro entre as pessoas com menos de 30 anos. Na verdade, é um dos cânceres mais frequentes em adultos jovens, especialmente entre as mulheres.“Não é uma doença só de pacientes idosos. O melanoma acontece geralmente em pessoas que têm a genética mais propensa”, pondera.

Como ressalta a médica, se a pessoa não tem história na família, mas possui pele clara, olho claro, cabelo claro, ela deve procurar um profissional especializado e cuidar mais da exposição solar. Indivíduos com algumas síndrome/doenças de pele, reumatológica, em uso de imunossupressor ou com doença imunossupressora que baixa a imunidade tem incidência muito aumentada de câncer de pele. “Quem tem xeroderma pigmentoso, síndrome do nevo displásico, que é todo cheio de pintinha, quem toma medicação para imunossupressão, os transplantados, paciente HIV, já devem ter um médico que orienta e cuida disso também”, finaliza.

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