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Saúde

Entenda como os problemas do coração podem ser relacionados à obesidade

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Jô Soares - Foto divulgação

Médico ressalta que a obesidade é uma doença crônica e exige tratamento para o seu controle

Há dois anos, o apresentador Jô Soares faleceu de insuficiências cardíaca e renal em virtude de seu quadro de obesidade e problemas no coração. Pesquisa lançada pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC), do Ministério da Saúde, aponta um quadro preocupante nas capitais brasileiras e Distrito Federal: o aumento de moradores adultos com sobrepeso e obesidade, além da diminuição de pessoas com peso normal e saudável.

O cardiologista Frankel Brandão revela que a cada ano o número de brasileiros que convivem com sobrepeso vem crescendo. Ele alerta que se a pessoa deseja conquistar longevidade saudável, o ideal é se alimentar melhor e colocar o corpo para se movimentar. “Infelizmente, os alimentos naturais foram trocados por fast foods, como sanduíches e pizza. Beber água se tornou uma prática incomum. A fonte da vida foi substituída por sucos em caixas e refrigerantes. Cozinhar se tornou um sacrifício para muitas pessoas. Falta tempo para fazer a sua própria comida ou mesmo sentar-se à mesa e apreciar um saboroso prato com arroz, feijão, legumes, vegetais e uma proteína, comida típica dos brasileiros. Estamos sendo engolidos e adoecidos por alimentos de alto valor calórico e baixa qualidade nutricional”, constata.

Dr. Frankel Brandão - Foto divulgação

Dr. Frankel Brandão – Foto divulgação

O médico diz que movimentar o corpo se tornou uma prática incomum, pois o ser humano moderno passa a maioria das 24 horas sendo transportado por carros, ônibus, metrôs, elevadores, escadas rolantes, descansando sentados ou jogados no sofá. “Para vivermos com saúde e qualidade de vida, precisamos refletir como estamos nos comportando hoje, entender que o modo como escolhemos viver trará, para nós, saúde e bem-estar ou uma vida fadada a fragilidades e adoecimento”, comenta.

Obesidade aumenta o risco de doenças cardiovasculares

O cardiologista lembra que a obesidade deve ser encarada como uma comorbidade que precisa ser tratada, pois é impossível pensar em proteção cardiovascular sem eliminar o excesso de gordura. Ele observa que a gordura em excesso libera no corpo uma infinidade de substâncias que irão afetar o funcionamento adequado de diversos órgãos, inclusive o coração.

Segundo Frankel, a obesidade também vem acompanhada do aumento da perigosa gordura visceral (aquela que fica depositada “entre os órgãos”). “Esse tipo de gordura coloca o indivíduo em risco de desenvolver pressão alta, colesterol alto, diabetes, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardiovasculares que podem ser evitadas se combatermos fatores de risco que contribuem para o seu surgimento, como a obesidade”, salienta.

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Sedentarismo é “inimigo” do coração

O especialista explica que pessoas sedentárias apresentam maior chance de desenvolver doenças crônicas ao longo da vida, entre elas a hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol alto), entupimento das artérias do coração (aterosclerose) e risco de infartar (Infarto agudo do miocárdio). A prática de exercícios é fundamental para manter o indivíduo saudável, fortalecendo o seu corpo, ajudando-o na prevenção das doenças do coração, sendo as principais causas de morte ou perda de qualidade de vida não apenas no Brasil, mas no mundo. “A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que os adultos realizem ao longo da semana uma combinação de exercícios de força e aeróbico. Por exemplo, pessoas acima dos 18 anos devem praticar pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos por semana e, no mínimo, dois dias de exercícios de força envolvendo vários grupos musculares”, ressalta.

Orientação aos pacientes

O cardiologista conta que os pacientes dele estão se movimentando em programas bem definidos de atividade física. Frankel cita que alguns já cumprem as metas semanais propostas pela OMS para viverem com saúde, e outros estão evoluindo para essa conquista. “Sempre digo a eles que vamos encontrar algum exercício que irá tirá-los da cadeira, das telas e do sofá. Qualquer atividade física é melhor que nenhuma. Inicie, pois com o tempo iremos evoluir, conquistar novas habilidades e melhorar a sua qualidade de vida”, finaliza.

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