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Câncer de peritônio é raro e atinge mais mulheres

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Hebe Camargo - Foto divulgação

São fatores de risco o histórico de câncer ovariano, colorretal ou gástrico, além de idade avançada e exposição prévia à radioterapia abdominal

Em 2012, a apresentadora Hebe Camargo faleceu devido ao câncer de peritônio. Segundo a oncologista Maria Cristina Figueroa Magalhães, trata-se de um tipo raro de tumor que se desenvolve nas células do peritônio, a membrana que reveste a cavidade abdominal e cobre a maioria dos órgãos abdominais. A médica explica que pode ser primário (o que vitimou Hebe), tendo origem no próprio peritônio, ou secundário, originando-se de metástases de outros cânceres (como tumores de ovário, cólon ou estômago). Os sintomas podem incluir dor abdominal ou pélvica persistente, inchaço abdominal (ascite), perda de peso não explicada, falta de apetite, fadiga e alterações do hábito intestinal.

Diagnóstico e tratamento

A médica destaca que o diagnóstico começa com exame físico, história clínica detalhada e exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). “A confirmação diagnóstica é geralmente feita por meio de uma biópsia do peritônio ou de células suspeitas coletadas durante uma cirurgia exploratória”, aponta.

Maria Cristina lembra que o tratamento depende do tipo e do estágio do câncer, mas geralmente envolve cirurgia para remover o máximo possível do tumor visível (cirurgia citorredutora). “Em alguns casos, a cirurgia pode ser seguida de quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (Hipec) — a quimioterapia é aquecida e administrada diretamente na cavidade abdominal para destruir células cancerígenas restantes, ou a realização de quimioterapia endovenosa”, esclarece.

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Dra. Maria Cristina - Foto divulgação

Dra. Maria Cristina – Foto divulgação

A oncologista comenta que o prognóstico depende de vários fatores, como o tipo de câncer primário, do estágio ao diagnóstico, a extensão da disseminação, a resposta ao tratamento e a saúde geral do paciente. Ela reforça que tratar o câncer de peritônio pode ser desafiador devido à sua natureza e à tendência de disseminação pela cavidade abdominal. “O tratamento pode melhorar significativamente a qualidade de vida e, em alguns casos, resultar em remissão ou controle prolongado da doença”, diz.

A especialista ressalta a importância de os pacientes com suspeita de câncer de peritônio serem acompanhados por uma equipe médica multidisciplinar especializada, que possa fornecer o melhor plano de tratamento adaptado à situação específica de cada um.

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