Cerclagem, pontinhos que salvam vidas

Importância da cerclagem cervical para manter uma gravidez bem sucedida.

Para a maioria das mulheres, a gravidez é um momento de antecipação e mudança. Emoções de alegria e ansiedade colidem à medida que os níveis hormonais aumentam para acomodar uma nova vida. Mas, para algumas mulheres, o medo do aborto está sempre presente.

Estatisticamente, “o aborto espontâneo ocorre em 21-30% das gestações”. Quase todo mundo conhece alguém que passou por um aborto espontâneo e sua devastação. Embora tenhamos dificuldade em encontrar as palavras certas, geralmente acabamos dizendo coisas que não ajudam em nada a aliviar o luto sentido pela família.

Os fatores de risco para aborto espontâneo, que geralmente ocorre no primeiro trimestre, incluem idade materna avançada, aborto espontâneo anterior, exposição à fumaça de tabaco, obesidade, diabetes, problemas de tireoide e uso de drogas ou álcool. Na verdade, para mulheres com mais de 40 anos, o risco de aborto espontâneo pode chegar a 50%.

Depois que a gravidez avança para o segundo trimestre, a causa mais provável de aborto espontâneo está relacionada à insuficiência cervical, às vezes chamada de colo do útero incompetente. Esta condição pode ser “congênita ou adquirida…

A causa adquirida mais comum é o trauma cervical, como lacerações cervicais durante o parto, conização cervical, CAF (procedimento de excisão eletrocirúrgica em alça) ou dilatação cervical forçada durante a evacuação uterina no primeiro ou segundo trimestre de gravidez.” Embora estas condições ocorram apenas em <1% da população obstétrica, a esperança sentida pela família aumenta a cada dia que a gravidez permaneça viável.

Embora muitas mulheres prefiram usar meios conservadores de tratamento para colo do útero insuficiente, como limitação de atividade, repouso na cama e repouso pélvico, eles “não se mostraram eficazes e seu uso é desencorajado”.

Um tratamento para colo do útero insuficiente que demonstrou ser bem-sucedido no prolongamento da gravidez é o procedimento de cerclagem cervical. Este procedimento usa sutura para fechar o colo do útero, seja como uma etapa proativa no início da gravidez (chamada cerclagem eletiva) ou como uma etapa emergente em um colo do útero já dilatado.

Pesquisas recentes nos mostram que após a cerclagem ter sido colocada em mulheres com parto prematuro anterior, 69% das gestações sucessivas tiveram parto a termo (>37 semanas) e 17% tiveram parto entre 28-37 semanas.

Em geral, com uma gravidez única, a “taxa global de sucesso da cerclagem cervical é de 80%”.

Colunista: @annalveszoficial