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Musical ‘Meninas Malvadas’ atualiza e dá toque brasileiro em filme sobre hostilidade na adolescência

“Às quartas, usamos rosa”. Poucas comédias adolescentes tiveram tanto impacto na cultura pop quanto Meninas Malvadas, longa protagonizado por Lindsay Lohan e Rachel McAdams. Era o resumo da adolescência: a necessidade de se encaixar, de agradar, de ser “popular”.
O filme de 2004, sensação daquele início de milênio, chegou na Geração Z – e no TikTok. Vídeos da vilã, Regina George, se espalham pela rede e meninas dizem o quanto a personagem as representa.
Mas a passagem do tempo e a evolução de valores sociais exigiram que a trama fosse repaginada. Afinal, o longa original era recheado de piadas machistas, racistas e homofóbicas. E a mensagem não deveria ter a ver com o desejo de ser uma Regina George.
“É um problema a Regina George ser tão ovacionada”, diz Anna Akisue, que interpreta a personagem em Meninas Malvadas – O Musical, que estreia nesta quinta, 13, no Teatro Santander. “Ela é uma grande vilã, muito carismática e todo mundo a ama, mas não é uma pessoa legal.”
Na trama, a adolescente Cady Heron se muda da África para os Estados Unidos. Lá, ela tem um choque cultural ao se deparar com a estrutura e os desafios do ensino médio. Ela logo se envolve com um grupo de garotas populares – Karen, Gretchen e Regina George –, mas percebe que elas são cruéis, competitivas e manipuladoras.
“O musical fala sobre coisas que todo mundo em algum momento na vida já passou e sobre aquela sensação de você se sentir deslocado. A necessidade de fazer parte, às vezes, nos faz perder a nossa essência”, afirma Laura Castro, que interpreta Cady na versão brasileira. “A Cady passa por esse processo de querer se encontrar e, quando ela percebe, ela deixa de ser ela.”
Várias versões
A versão que estreia no Teatro Santander parte de um musical que estreou na Broadway em 2017. O espetáculo foi escrito por Tina Fey, a mesma roteirista do filme original. Há mudanças significativas em relação ao longa – a maior delas é a cena de “redenção” de Regina George, cortada do filme de 2004.
O musical virou um novo filme no ano passado, estrelado por Reneé Rapp e Angourie Rice. Não foi tão bem recebido – tem 62% de aprovação do público no Rotten Tomatoes –, mas já trouxe algumas atualizações para a história, incluindo a cena excluída de Regina.
O musical que chega ao palco da capital paulista é uma união dos dois filmes com a versão da Broadway, mas ganha toques especiais. Mais brasileiros, como define Danielle Winits. “O público vai encontrar um pouco de nós, vai conhecer uma nova versão dessas personagens e eu acho que isso é o mais legal”, diz.
Danielle interpreta as três principais personagens adultas do musical: Sra. Heron, a mãe de Cady, Sra. George, a mãe de Regina, e Srta. Norbury, uma das professoras do ensino médio. Para ela, o grande mérito de Meninas Malvadas é a “liberdade para abordar assuntos delicados”.
“Isso é a função do teatro”, afirma. “É a elaboração das questões, é você sair do teatro pensando, questionando, se transformando.”
A hostilidade da adolescência
Segundo a atriz, e também para Laura e Anna, a “atemporalidade” de Meninas Malvadas se dá, justamente, por tratar do assunto com naturalidade.
“Esse universo hostil do adolescente é muito presente ainda”, comenta Danielle, mãe de um garoto de 17 anos. “Temos poucos filmes que realmente retratam a adolescência como ela realmente é: uma fase caótica. Eu amo o que [o filme] compara o ensino médio com uma selva, porque é o que realmente é”, diz Anna.
Outro tema onipresente em Meninas Malvadas é a rivalidade feminina – também mais forte durante a adolescência. No musical, ela está lá, mas ganhando uma resolução no encerramento.
“Tem muito um ‘fechamento de ciclo’”, afirma Laura. “E fala também sobre essa competitividade feminina e o quanto que ela é nociva para nós. Mostra o quanto é importante nos apoiarmos e olharmos para o outro com mais carinho, com mais empatia, em vez de querer que o outro se encaixe no que esperamos.”
As atrizes consideram não ser um problema receber fãs do filme que, talvez, esperam ver no palco uma cópia da produção de 2004. São outros tempos, linguagens diferentes e, para elas, os verdadeiros fãs sempre vão acompanhar as evoluções da trama.
“Se você já é fã do filme ou fã do filme musical e está esperando ver algo parecido, você vai ver algo parecido, mas você vai ver algo novo também”, explica Anna. “É uma oportunidade de as pessoas verem um novo ponto de vista da mesma história”, finaliza Laura.
Serviço – ‘Meninas Malvadas – O Musical’
- Quando: De 13/3 a 29/6.
- Horários: Quintas, 20h; sextas, 20h; sábados, 16h e 20h; domingos, 15h e 19h.
- Duração: 160 min, com intervalo de 15 minutos.
- Local: Teatro Santander (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi)
- Classificação etária: Livre. Menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.
- Ingressos: R$ 90/R$ 400.

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